Emprego de curvas de permanência de qualidade como subsídio a processo de enquadramento de cursos d'água

Nome: MURILO BRAZZALI RODRIGUES
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 27/09/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
JOSÉ ANTÔNIO TOSTA DOS REIS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JOSÉ ANTÔNIO TOSTA DOS REIS Orientador

Resumo: Este trabalho teve como principal perspectiva discutir a aplicação das curvas de permanência de qualidade como ferramenta para subsidiar as decisões sobre o enquadramento de cursos d’água superficiais. A bacia hidrográfica do rio Benevente, curso d’água de domínio do estado do Espírito Santo e que já passou por processo de enquadramento legal, constituiu a área de estudo na qual foram avaliadas as respostas do eventual emprego das curvas de permanência de qualidade como subsídio ao processo de enquadramento. As cargas totais de demanda bioquímica de oxigênio (DBO5,20) foram apropriadas para três seções de controle considerando-se o esgotamento sanitário como a única fonte poluidora da bacia. Com o auxílio do modelo QUAL-UFMG foram avaliados os resultados associados a distintos cenários de simulação da autodepuração segundo três panoramas de tratamento de esgoto, duas condições de abatimento de matéria orgânica e três horizontes de análise (2017, 2022 e 2032). Foram simulados os parâmetros OD e DBO5,20 associados a vazão de referência Q90. As curvas de permanência de qualidade para o parâmetro DBO5,20 foram construídas por classe de enquadramento estabelecida pela Resolução CONAMA n° 357/2005, para os rios de água doce Classes 1, 2 e 3. A capacidade de autodepuração do rio Benevente permitiu a redução de aproximadamente 17% da carga total de DBO5,20 aportada. Independentemente do cenário de simulação avaliado, o rio Benevente apresentou condições de qualidade usualmente mais próximas dos padrões estabelecidos para a Classe 1 de enquadramento; exceção foi observada para o trecho à jusante da sede municipal de Alfredo Chaves, porção do curso d’água que se apresentou mais alinhada com a perspectiva de enquadramento na Classe 2. Nesse sentido, as curvas de permanência de qualidade para o parâmetro DBO5,20 apontaram condições de qualidade da água, mesmo com o tratamento de esgoto atualmente implantado e em operação na bacia hidrográfica do rio Benevente, mais restritivas do que acordado no enquadramento legal.

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