ANÁLISE DE INCERTEZAS ASSOCIADO AO EMPREGO DO MODELO CHUVA-
VAZÃO SCS – ESTUDO DE CASO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO
ÁGUAS CLARAS

Nome: MARCOS DE JESUS OLIVEIRA FILHO

Data de publicação: 27/09/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANTONIO SERGIO FERREIRA MENDONCA Examinador Interno
ISMAEL LOURENÇO DE JESUS FREITAS Examinador Externo
JOSE ANTONIO TOSTA DOS REIS Presidente

Resumo: A ação humana no uso e ocupação do solo têm impactado de forma significativa o
ciclo hidrológico, contribuindo para mudanças climáticas e, consequentemente, para
o aumento da frequência de desastres naturais. Para avaliar os impactos dessas
mudanças em bacias hidrográficas, é fundamental o emprego de modelos hidrológicos
capazes de simular o escoamento superficial. No entanto, há certa escassez de dados
e incertezas associadas ao processo de medição de variáveis hidrológicas e de
determinação dos coeficientes e parâmetros dos modelos utilizados para as
estimativas de vazão máxima. Este estudo tem como objetivo analisar o
comportamento das vazões máximas na bacia hidrográfica do córrego Águas Claras,
localizada no município de Águia Branca, Espírito Santo, incorporando a análise de
incertezas conduzida com auxílio do método de Monte Carlo, ao modelo chuva-vazão
proposto pelo Soil Conservation Service (SCS). Os resultados demonstram que a
alternativa para se estimar chuvas intensas pode gerar diferenças significativas nas
vazões simuladas; neste estudo, as chuvas intensas estimadas a partir do emprego
do software Plúvio conduziu às vazões máximas substancialmente maiores que
aquelas apropriadas a partir de equação de chuvas intensas conformada com auxílio
do método de Chow-Gumbel. A avaliação das vazões máximas, considerando a
incorporação da análise de incertezas ao modelo chuva-vazão, apresentou maiores
variações nas simulações em que foram perturbadas as variáveis relacionadas à
precipitação, como duração e lâmina d'água precipitada. Ainda que a forma de
distribuição de vazões máximas tenha apresentado diferenças quando da mudança
da distribuição de probabilidade empregada no processo de geração aleatória das
variáveis perturbadas, os valores extremos de vazão não variaram de maneira
significativa. O aumento do número de simulações, por sua vez, não influenciou
significativamente, a distribuição das vazões máximas estimadas. A integração da
análise de incertezas ao modelo chuva-vazão SCS revelou que variações
significativas podem ocorrer nas estimativas das vazões máximas, ressaltando a
importância de se incorporar a análise de incertezas à avaliação hidrológica.

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