ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO EL NIÑO E LA NIÑA NA OCORRÊNCIA DE INUNDAÇÕES NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
Nome: GABRIEL MILLER DE OLIVEIRA
Data de publicação: 11/12/2024
Banca:
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Papel |
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ANTONIO SERGIO FERREIRA MENDONCA | Presidente |
DIOGO COSTA BUARQUE | Examinador Interno |
FERNANDO DAS GRAÇAS BRAGA DA SILVA | Examinador Externo |
JOSE ANTONIO TOSTA DOS REIS | Coorientador |
Resumo: Este estudo tem como objetivo analisar a influência dos fenômenos El Niño (EN) e La
Niña (LN) nas inundações no estado do Espírito Santo (ES), utilizando dados de
vazão, precipitação pluviométrica e análise de sistemas sinóticos na região. A
avaliação a ser conduzida ganha relevância em função da natureza dos fenômenos
EN e LN, decorrentes da interação entre os oceanos e a atmosfera, e que apresentam
previsibilidade significativa. O conhecimento antecipado desses fenômenos pode
servir como alicerce para o desenvolvimento de estratégias tanto para o planejamento
urbano quanto para a prevenção de desastres. Para análise relativa a inundações,
foram considerados dados de vazão de estações fluviométricas nos principais rios do
estado, além de informações de precipitação e análise sinótica por cartas e imagens
de satélite. Os resultados encontrados indicam que a La Niña influencia no aumento
da precipitação no estado do ES e nas regiões dos rios de outros estados que
contribuem com a descarga de água nos rios capixabas. Os casos estudados sugerem
a modulação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) pela LN, que desloca
o sistema para o norte de sua posição climatológica e intensifica as chuvas no estado
do ES, causando inundações. Investimentos em tecnologias avançadas de alerta
precoce e monitoramento meteorológico, como aquelas oferecidas pelo CPTEC, pela
Marinha do Brasil e pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), podem
desempenhar um papel crucial ao fornecer informações sobre a atuação desses
fenômenos climáticos, permitindo prever padrões de chuva extrema e inundações.
Essas informações, quando integradas aos processos de planejamento urbano e
gestão do território, possibilitam uma resposta mais eficaz e coordenada às ameaças
de inundação, permitindo a implementação de medidas preventivas e adaptativas
adequadas.